POR ENTRE SOBREIROS E VACAS - PARTE 2

Dia 15 de Agosto.
Nem todos temos o prazer de poder acordar ao som da Banda da Sociedade Filarmónica Alegretense e ouvir o Hino da Sra. da Alegria.
Ouviu-se então o belo do grilo que faz de despertador no meu telefone e foi por a pé para pegar na montada e ir pudalari pelo meu saudoso Alentejo.
A manhã prometia ser quente, mas às 7:30 ainda se fazia sentir o fresco da manhã, no Monte Carvalho, Ribeira de Nisa.

Quem serão estes malucos que andam a pudalari com esta brasa???
Foi arrancar com paragem na Fonte Capitão para abastecer o camel back com muita águinha para compensar a desidratação. O aquecimento (como se fosse preciso...) foi feito por asfalto com passagem pela Vargem, em direcção às Carreiras, até se apanhar um estradão em terra batida para depois ir novamente por asfalto até à estrada de Castelo de Vide-Portalegre, que atravessámos entrando de novo em terra batida.
Casas abandonadas no Pisão... dá pena!
Foi a bom ritmo e ainda com algum fresquinho que chegámos aos Fortios. Atravessámos a aldeia e seguimos por entre montes, azinheiras, sobreiros e algumas vaquitas que pastavam nos campos. Chegámos à estrada do Crato e seguimos em direcção da aldeia do Pisão (concelho do Crato), onde fizemos um pit stop para beber uma bebida fresquinha que o calor já se fazia sentir.
Mais um monte semi-abandonado... Não sei o nome do dito!
Lá se apanharam depois umas ligeiras subidinhas, com algumas pedras, por entre a flora do nosso Alentejo, com passagem perto do Senhor dos Aflitos, até à Barragem do Zé dos Cães.
Daí para a frente, no estradão até à Praça de Touros de Portalegre foi sempre a bombar, com o solinho a "picar" e a pensar como se iriam fazer os restantes quilómetros até casa.
Barragem do Zé dos Cães
Arcadas junto à barragem
Foi gerir o esforço e a energia que restava para subir em direcção à Estrada da Penha, com subida junto à variante até ao Areeiro. Rolando até ao Monte Carvalho com direito a abastecimento líquido bem fresquinho na Fonte Capitão antes do duche, também ele frio.
Nesta volta há a registar um óbito...
Resultado: 55km com muito calor na parte final, mas que valeram a pena por tudo e mais alguma coisa. Por ter respirado e sentido o cheiro da terra e dos campos e deliciado a vista nas magníficas e incansáveis paisagens do "meu" Alentejo.
Sofro um cadinho, mas sou mesmo feliz em cima daquela magana (leia-se bicicleta).
Olé! Olé o tanas... ainda faltavam uma dezena de quilómetros!

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