Ora vamos lá aqui tentar engendrar uma croniqueta sobre as últimas duas voltinhas, já que no domingo passado não larguei a minha posta de pescada aqui no estaminé.
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Junto à ria mas sempre com Portalegre no peito |
Qu'isto quando um homem se põe a pudalari até se esquece de escrever, pá! Depois é comá roupa suja, junta-se muita e tem de se lavar tudo de uma vez.
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Dia farrusco nas salinas |
A modos que no fim de semana passado fui rolar a solo aqui pelo quintal, apenas para não ficar parado, que ficar na cama aos domingos de manhã dá cabo das cruzes e ir a praia tem muita areia e a água está muito salgada para a minhá "atenção".
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Universidade do Algarve - Centro do Ramalhete |
Mal saí de casa e apesar do tempo estar meio "empaneado", como dizia a minha saudosa mãe, deu logo para perceber que estava uma arzinho assim só pró quente. O sol estava escondido mas o efeito de estufa fazia-se sentir.
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Uns a andar, outros a correr, outros a pedalar, outros a voar |
Já sabia que a coisa ia ser caliente, mas lá me fiz aos trilhos, ouvindo apenas o som dos pneus a trincar as pedrinhas do percurso e o cantar das cigarras por esses campos fora.
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Parece o Alentejo, só que não |
Achei piada neste percurso aos cromos que se cruzaram comigo em ocasiões diversas e distintas e à forma como as pessoas reagem. Logo no início passei por outro ciclista que estava parado na beira do caminho, cumprimentei o senhor e segui. Mais à frente notei que vinha no meu encalço e quando passou por mim soltou um "então, como vai isso?", como quem diz "passaste pro mim mas já te papei", ah ah ah. Tá com pressa? Vá andando!
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Ele anda aí, em todólado! |
Já noutra zona do percurso cruzei-me com outros dois companheiros, em sentido oposto ao meu. Como mandam as regras cumprimentei-os com um bom dia... Deviam ser surdos ou já vinham sem fôlego... Nem reagiram! Será que custa muito cumprimentar quem se cruza connosco?
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Sempre na rectaguarda a controlar... o Camacho! |
Bem, quanto ao percurso fui pudalando até à Quinta do Lago e depois rumei mais para interior em direcção ao Estádio Algarve e à zona de Santa Bárbara de Nexe. À medida que me ia afastando da zona mais perto do mar, o calor fazia-se sentir mais forte e o bafo e era grande o bafo.
Já quase a destilar consegui fazer o percurso que me tinha proposto com um total de 45km, segundo reza o
Strava.
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Maré cheia por baixo dos passadiços |
Este domingo fui eu e mais dois mosqueteiros em missão a Vilamoura verificar as câmaras frigoríficas do Camacho, eh eh eh.
O homem precisa ir ao armazém inspeccionar a coisa e juntou-se o útil ao agradável. Só apareci eu, o Camacho e o Jorge Tendeiro e lá fomos os três mosqueteiros em bom ritmo por esses trilhos em busca da nossa sorte.
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Marina de Vilamoura |
Fizemos toda a marginal do Ludo, depois pelos passadiços, onde há sempre muito tráfego. Havia um bocado de vento a chatear mas acho que estava pior para quem estava na praia. A nossa praia é outra, eh eh eh.
Depois da Quinta do Lago, cruzámos Vale do Lobo, Trafal e Quarteira, onde a praia e a marginal se encontravam bastante povoadas.
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Um grupo de ciclistas em sentido oposto |
Feita a verificação pedalámos pela EN 125 até Almancil, descemos do Cerro do Galo até ao Laranjal e depois pelo meio da mata até Gambelas.
Hoje não fazia tanto calor e como não nos afastámos muito da costa a coisa ficou mais fresca. Ainda assim no regresso e com o vento a favor o solinho sentia-se a picar na pele do artista.
Fizemos assim 60Km para ir verificar as câmaras de frio do Camacho e nem uma jola pagou o sacana, ah ah ah. Mas forneceu água para o regresso, prontes! É uma pessoa responsável e não dá álcool aos amigos, eh eh eh.