POR TRILHOS DE SÃO MAMEDE

O S. Pedro boicotou a tradicional volta de BTT ao Pisão no dia de Natal, que já não faço há dez anos (ainda não foi desta que repeti a dose) e tivemos de arranjar outra solução.

Não há dinheiro que pague estes momentos.

Não deu para abrir o apetite para o almoço do dia 25, teve de dar para queimar as calorias do mesmo, no dia seguinte.

Estava vencida a primeira dose do dia.

Depois da chuvada de ontem, a manhã surgiu cinzentona lá no Alto Alentejo mas tivemos depois até direito a um solinho como já não se via há alguns dias por aquelas bandas.

Uma das entradas da minha cidade, vindo da serra

Eu e o Tiaguinho pegámos nas montadas e fomos ver como estava o terreno e a corrente das ribeiras pelos arredores da minha/nossa cidade, Portalegre.

Fantástico este trilho.

Se a ideia era queimar calorias, a coisa começou logo por ter de se aviar uma subidinha nos primeiros 5 ou 6km, desde a Ribeira de Seda, passando pelo Carvoeiro, até ao alto da serra de Portalegre, lá para os lados da estrada da estação metereológica e Infinito (antiga discoteca onde passei bons momentos).

Aquela silhueta no horizonte aquece-me sempre a alma

Subidinhas duras mas com trilhos de beleza inigualável, com os caminhos forrados a folhas dos carvalhos da serra a cheirar a humidade e ar puro.

Fomos ver como estava a corrente da ribeira.

Como nem só de subidas vive o homem, descemos depois pelo trilho que nos levaria até às traseiras do Seminário. Escorregadio e a espaços um tanto ou quanto perigoso devido a algumas zonas com pedras, mas muito bonito e desafiante.

Ao fundo, a praça de touros de Portalegre

Passámos a variante para o lado da Penha e descemos mais um pouco até à Praça de Touros com estradão cheio de poças de água a obrigar a uma gincana por entre as ditas mas a culminar com um som que há muito não se ouvia tão intenso: o da ribeira a correr, repleta de água.

Uma imagem pouco vista nos últimos anos.

Metemos pela zona industrial e fizemos uma paragem estratégica no Restaurante JI, do amigo Jorge Isidro (passem por lá quando forem a Portalegre), onde aviámos umas fantásticas sandes de panado e uma jolinha para ganhar fôlego para o resto da jornada.

Uma sandes de panado para o empanado!

Já atestados fomos meter mecha até à Urra, sempre por terra batida. Batida de cheia de água, quer-se dizer.

Os suspeitos de hoje, eu e o Tiago, meu sobrinho.

Atravessámos a estrada e metemos pela Azinhaga dos Bertolos até à estrada de Caia. Percurso com uma subidinha no início, com a Serra de S. Mamede no horizonte, mas sempre a rolar pelo estradão entre terrenos e quintas com gado que agora se delicia com ervinha fresca.

Por trilhos da Urra

Cruz das Mós, Biquinha, Pedra Basta e casa. Soube a pouco, é verdade, mas não tínhamos tempo para mais.

Sempre alguma água nos trilhos.

Serra de S. Mamede no horizonte

Foi o que se arranjou para a estreia da roda 29 em terras de S. Mamede, numa voltinha de 30km antes do regresso aos algarves, mas que nem preciso de dizer o bem que me soube e me fez.

Uma manada no sopé da serra.

Está tão lindo o meu Alentejo

Mesmo mesmo a chegar a casa

Continuem a pudalari!

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