ATAQUE À FÓIA BORREGADO

O mê amigue Pêxote, que é um amigue que lança desafios, lançou-me um e eu aceitio!
Nada melhor para testar o alinhamento do chassi e das costeletas, duas semanas depois do esbardalhamento do que ir subir até à Fóia.
Calma, não saímos a pudalar de Faro, não comecem já a imaginar coisas!
Como é hábito no primeiro domingo do ano a G-Ride Bike Store realiza a subida à Fóia, em BTT e por estrada. Este ano o Peixoto lançou-me o desafio para alinhar com ele na vertente de subir serra acima.
Ainda meio dorido mas com vontade de voltar aos trilhos, aceitei o convite porque se reuniu mais uma condição que se mostrou convincente: ir de bike eléctrica.
O amigo Gil teve a amabilidade de me ceder uma Giant a pilhas para facilitar o andamento e desfrutar das paisagens da serra de Monchique e a coisa compôs-se.
Sendo certo que as previsões meteorológicas não eram as melhores, com ameaça de forte chuvada, a malta encheu-se de coragem e vá de se meter ao caminho.
Com o tempo a aguentar-se, com algum vento, mas com a ajuda do motor estava-se a curtir o passeio quando, lá pelo Km 27 começar a cair as primeiras gotas de água. Talvez fossem só umas gotas... mas não, começou a cascar forte e feio.
Ficámos ensopados em três tempos, o GPS começou a variar da marmita e conseguimos chegar à primeira ZA já a dar fortemente para torcer e espremer a água.
Aviámos uma tibornazinha, iguaria típica do passeio da G-Ride e mais um xarope que o Gil forneceu para aquecer a alma e a solução foi regressar a Portimão pela estrada, borregando a subida à Fóia e não desfrutando das descidas que se seguiam.
Acabou por ser um belo de um treino já que para aquecer convinha não parar de pudalar e, como o motor desligava aos 25km/h, vim a maior parte do tempo a puxar pela montada.
Chegámos a Portimão desejosos por enxugar a rega e vestir algo quentinho e eu dei assim a primeira do ano, completamente molhadinha, cum cacete!
Agora vou ali ainda comprar um saquinho de ração para animal (calma, já almocei) pois o passeio tem um cariz solidário para com os bicharocos do Canil de Portimão e eu varreu-se-me da alembradura o facto de ter de levar a minha contribuição. Mas ainda se vai a tempo, é o que vale!
O meu enorme agradecimento à G-Ride pela cedência da bike e por me terem proporcionado uma experiência diferente que só não foi perfeita por culpa do São Pedro.
O chassi ainda chia um pouco, mas nada que não se aguente! Precisa é de andamento, digo eu, eh eh eh.

Continuem a pudalari!

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