NA ROTA DO MINÉRIO COM ELAS ÀS COSTAS

Por motivos alheios à minha vontade apenas hoje consegui arranjar tempo para publicar sobre esta nossa aventura. Pelo facto peço desculpas e agradeço a compreensão da malta.

Um amigo desafiou-nos para uma experiência diferente. E a malta como não diz que não a um bom desafio… aceitou.
Então lá nos juntámos onze amantes do BTT e rumámos até às Minas de São Domingos para um dia diferente e um percurso diferente. Para além de constituir uma novidade também se tornou de facto uma boa aventura. A ideia era ir das minas até à localidade espanhola de Sanlúcar de Guadiana, na margem esquerda do Guadiana, frente a Alcoutim.

A partida de Faro
Com ponto de encontro marcado no Largo de S. Francisco, em Faro, arrancámos à hora programada com destino a Alcoutim onde, para além de apanharmos o motorista que iria trazer uma das viaturas de volta, aproveitámos para “invadir” o pequeno quiosque da D. Manuela que, apesar do impacto da multidão que lhe entrou pela porta adentro, não deixou de nos atender com muita simpatia.
Sanlúcar de Guadiana, visto de Alcoutim
O guarda fiscal a vigiar o Guadiana
Depois de uns cafés e umas sandes de presunto XL arrancámos com destino ao ponto de partida desta jornada: as Minas de São Domingos.
Montar bikes, aprontar equipamento, foto de grupo e ala que se faz tarde. Atravessámos o parque mineiro, com passagem junto a uns lagos de água avermelhada que se consta é boa para quem tem problemas de pele… se se banhar lá até sem pele fica… e rumámos pelo trilho onde antigamente existia o caminho de ferro que levava os vagões de minério até ao porto do Pomarão, junto ao Rio Guadiana.


Magníficos trilhos

O estado das pontes... não há tabuleiro. Um perigo!
Cruzámos alguns túneis onde passava a linha férrea
O que resta da antiga linha que levava o minério até ao Pomarão
Um trilho deslumbrante, com umas armadilhas perigosas nas pontes (ou no que resta delas), pois pura e simplesmente não existem. Tivemos que passar ao lado das ditas e cruzar alguns cursos de água, o que dá sempre um prazer acrescido ao passeio, para além dos túneis que atravessámos. Escuridão completa, o piso irregular e cheio de socalcos das marcas deixadas pelas solipas que foram retiradas, a trazer um desafio maior para ultrapassar. Podiam ter avisado que era preciso levar luzes… ou quem tinha podia ter esperado pelos outros…
Após um longo túnel... O comboio passava à direita.
Em bom ritmo chegámos ao Pomarão, onde atravessámos pela nova ponte para o lado de Espanha para fazermos uma pausa com vista para o Guadiana, no turismo rural "Casa Cuartel Cãnaveral", onde nos esperava um magnífico repasto. Findo o qual seguimos por um trilho junto ao rio, muito interessante e segundo se consta utilizado pelos antigos contrabandistas, mas cheio de escadarias e valas de água impossíveis de transpor de bicicleta. Começava aqui a inverter-se a situação e lá tivemos de alombar com elas numa monta/desmonta que também foi um bom parte pernas.
Magnífico repasto com vista sobre o Guadiana
Após a passagem por Puerto de la Laja e de uma foto de grupo, com vista para o Guadiana, foi altura de pedalar pela Via Verde del Guadiana, que segue desta localidade até à aldeia de La Isabel (Huelva). Uma ecovia… mas bem tratada e sinalizada (que em nada tem a ver com a do Algarve, portanto) e que nos levou até Sanlúcar de Guadiana e onde não nos safámos de mais um percurso com muita pedra, escadarias e rampas que ditaram o desgaste e cansaço de alguns dos companheiros de jornada, inclusive eu.
O Guadiana visto de Espanha
A malta a puxar por elas....
... neste trilho "parte pernas"
Tá a carregar com as meninas, escada acima...
Chegados ao destino concluiu-se que foi um dia bem passado, com excelente companhia, alegre e divertida e que há que repetir a experiência, por ali ou por outras paragens.

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