DE MOINHO EM MOINHO SE FAZ O CAMINHO

Já se sabe que a mordidela da cobra se cura com o veneno e depois do empeno do domingo passado hoje era dia de lhe fazer o tratamento.

Moinhos da Mesquita - S. Brás de Alportel

Como estava o dia ventoso resolvemos ir passar vistoria aos moinhos depois da malta pensar que com as subidinhas do outro dia eu estava agora afinado para fazer mais umas quantas. Ou então queriam ver se eu rebentava desta vez.

Brincando com as sombras

Para abrir o apetite fomos directos a Estoi e depois foi sempre a aviar papossecos até ao cruzamento do Azinheiro, a subir, a subir... Já lá em cima, a seguir ao cruzamento o nosso guia grita: "pá direita"... Pronto, que mau feitio. Lá tivemos de aviar a subida, por terra batida até aos moinhos do Azinheiro.

Trilho com o Palácio de Estoi ao fundo

Já se falava no seio do grupo da vontade do nosso guia/instrutor/paraquedista ir ao Moinho do Bengado... Só depois percebi a mensagem implícita nisto tudo: o homem era para ter ido a um almoço dos páras em Tancos, como não foi vá de por a malta toda a subir cerros até às alturas... Só pode! Ganda magano, eh eh eh.

Rampa final até aos Moinhos do Azinheiro

Do Azinheiro até ao Peral foi sempre a aviar mecha pela estrada que passa nas pedreiras. Só para dar um toque giro à coisa ainda passámos primeiro no moinho de água do Lagar da Mesquita antes de virarmos em direcção ao Bengado.

A seta não engana, é por aqui... Mais um paposseco

Mas fez-se bem a subidinha até lá. Isto sem cãibras e dores nas costas até rola bem, mesmo nas descidas mais invertidas.

O belo do Moinho do Bengado

Informação de interesse cultural

Atingido o objectivo foi altura de pausa para hidratar, ajeitar o estômago e, claro, registar o momento com algumas fotografias.

O nosso guia... o homem tinha de subir às alturas hoje

Descemos até à estrada de Tavira para S. Brás de Alportel e a seguir à Mesquita Alta é quando o Paulo Cruz se lembra de nos servir uma bela parede para escalar, com alguns 22% de inclinação ou coisa assim. Com esta é que ele me tramou! Só para o lixar fui de queixo colado ao guiador até lá acima, mas aviei a coisa.

Serra... ao fundo os estradões onde levei a outra tareia

Lá no topo, claro está, mais uns moinhos, os da Mesquita! Bolas que esta malta não perdoa.
É já na descida e numa zona aparentemente pacífica que o amigo Camacho (sim, ele, quem mais?) nos resolve brindar com uma das suas acrobacias e nos faz apanhar um belo de um cagaço. Raio do moço que não tem maneira de acertar o passo. Mas pronto correu tudo bem.

Um moinho atrás e outro no reflexo dos óculos... é muito jogo

Já de regresso a Faro aviámos a célebre Calçadinha de S. Brás, a descer. Bem, não sei como é que aquilo é pior, se a subir, se a descer. Ainda deu direito a uma quedazita do amigo Manel, mas nada de preocupante e a coisa recompôs-se.

Uma pose sacada pelo amigo Camacho

Depois foi sempre a aviar mecha por asfalto até Faro onde, já quando a malta se fazia à aterragem, o Manel olha para o chão e vá de descobrir 10 euritos ali, à beira do caminho. Isto não podem ser só azares e subidas, há que ter sorte também. Queixou-se o Camacho que tinha vindo sempre à frente e não achou nada... Oh pá, isto não é vir sempre à frente, é vir à frente na altura certa, ah ah ah.

Atingido mais um cume, Moinhos da Mesquita

Pronto lá tivemos de queimar a notinha numas bejecas no café.
Foi assim a história de um dia de vento, com uma belas subidas, mas com um bom solinho e boa companhia. Foram 48Km bem pudalados, não foram Strava?

Uma pose pá posteridade. Falta o Camacho que tirou a foto.



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