Lá se juntaram os três da vida airada, o já mundialmente conhecido trio SOS (Sérginho, Osvaldo e Sérgio) para mais uma aventura
long ride.
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Os três da vida airada a posar na chegada à Luz Foto: Camone contratado à pressa |
Agradeço desde já aos meus amigos e parceiros de aventura por adiarem uns dias (quiçá umas semanas) esta voltinha devido à minha falta de disponibilidade. Mas eles sabem que ir comigo é sempre uma mais valia... Mais valia não trazer este gajo! Eh eh eh.
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Sérginho a testar a suspensão traseira... Estava rija... |
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Osvaldo a pensar: este gajo com esta bike não vai dar hipóteses |
Desta vez fomos ali para barlavento aviar uns trilhos desde a serra até ao mar. A coisa adivinhava-se adversa, pois seria um milagre não haver vento para aquelas bandas. Pudera, com tanta ventoinha que há naqueles serros, não admira.
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Os meus parceiros ainda no aquecimento |
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Antes da primeira subida do dia |
Gosto destas aventuras sem hora para chegar, para fazer como se consegue e com amigos que, tal como eu, querem curtir paisagens e momentos.
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Trilhos iniciais por belos estradões |
Iniciámos a nossa jornada em Lagos, com um panorama atmosférico a dar para o estranho, com cara de chuva. Logo no início, para abrir o apetite, tivemos de afiambrar uma subidinha só para aquecer os músculos, claro.
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Uma plantação de caracóis? |
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Simpática casita no campo |
Aquecimento feito e foi meter por trilhos até apanhar a
Via Algarviana, quase lá para as bandas de Bensafrim. Sempre em boa pedalada havíamos de atravessar uma zona de montado antes de
Barão de São João, onde fizemos um
pit stop, para o Sérginho meter cafeína e tirar ar do amortecedor traseiro da Cannondale (canon dele ou emprestada, nem se sabe...).
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Afinal não era para ali o trilho... |
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Zona de montado. Parece Alentejo, mas não é |
Se descemos um bom bocado lá veio depois a factura para pagar e tivemos de aviar um bom saco de papossecos até ao parque eólico, lá bem no cimo da serra, na zona da
Mata Nacional de Barão de São João.
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Sérginho e a habitual careta |
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Chegada a Barão de São João - Primeira etapa concluída |
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É uma falta de respeito... páram as bikes em todólado |
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Já não há respeito, malandrecos os bichanos |
Quem sobe também desce e houve alturas em que o conta quilómetros bateu os 50Km/h naqueles estradões por ali abaixo.
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Toca a subir rumo ao topo das eólicas |
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A coisa adivinhava-se complicada, com uma ligeira inclinação. |
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Uma selfie enquanto conseguia ir na frente deles |
Ainda tivemos que fazer mais umas subidinhas até às eólicas de Vila do Bispo, antes de descer até à EN125, perto de Raposeira. Cruzámos a estrada e fomos entrar em Vila do Bispo vindos de sul.
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Chegada ao topo Foto: Osvaldo Teodósio |
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No encalço do Sérginho. Tá forte o magano. |
Chegámos à vila já a suplicar por uma cervejinha fresca e algo para dar ao dente. Apontámos ao
Snack Bar Aki no Pôr do Sol, onde fomos muito bem atendidos pela D. Vera e pelo esposo que nos serviram umas bifanas com batata frita, logo para matar a larica e depois rematámos com um camarão frito que estava de chorar por mais e lamber os dedos. Claro, tudo regado com umas Stout's bem fresquinhas.
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Entrada da Mata de Barão de São João |
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Osvaldinho a fotografar-me... e eu a ele. |
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Belo estradão |
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A começar uma bela descida, que isto não pode ser só subir |
Foi por esta altura que alguém se lembrou de dar aquele toque técnico na bike e vá de (des)afinar o amortecedor traseiro... Pronto, estava resolvido, ficámos os três de hardtrail, para ninguém se rir dos outros...
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Pela Via Algarviana... a subir |
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O descanso da máquina após subida em que fiz um bocado a pé |
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Mais um topo vencido |
Depois de aconchegado o estômago rumámos a sul, ao encontro do trilho junto à costa. Abortámos a ida a Sagres por causa da ventania, ficará para outra altura.
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Tá o caracol a monte por estas bandas |
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Momento agro-pecuário |
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Já se avista a Vila do Bispo, já cheira a jolinha fresca |
Fomos desembocar na praia do Barranco, um local idílico, um recanto como deve haver poucos por aí. Por isso mesmo muito procurado por praticantes de nudismo, como deu para ver. Sair de lá é que foi obra, tivemos de transpor uma parede, a empurrar as bikes encosta acima.
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Local para comer e buer procura-se! |
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"Enquanto comem eu vou ali dar um jeito no mortecedor"... |
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Levaram cá uma volta os camaranitos fritos |
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"A ver o pôr do sol, patrocinado por uma bebida qualquer" |
Mas vale sempre a pena chegar ao topo de ficar deslumbrado com as paisagens. Por mais alguns trilhos fabulosos chegámos à praia do
Zavial, mais uma daquelas que não conhecia e que me parece fascinante.
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Praia do Barranco, lá no fundo |
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Saída da praia pelo serro acima, de bikes à mão |
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Mais um recanto da nossa costa |
Por trilhos de arribas e alguma pedra, entre outros menos técnicos chegámos até à praia da Salema onde hidratámos com uma imperial... Vá lá, mesmo sem pedir orçamento a coisa não saiu muito cara, apesar do local, eh eh eh. Mas pronto, ficou logo na subida seguinte.
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Os Sérgios lá do sítio Foto: Osvaldo Teodósio |
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"Vão mas é pá li, não se fiem no GPS" |
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Uma daquelas imagens únicas |
Trilhos magníficos, por veredas estupendas e alguns pontos impraticáveis, levaram-nos até à Paria da Luz. Dali seguimos por estrada até Lagos pois já se avizinhava o final do dia.
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Um brinde na Salema à nossa amizade e às nossas aventuras |
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Soberbo este trilho, com vista para o mar |
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No final do trilho, olhando a poente, esta imagem |
O final de um dia com muita boa disposição, alguma maluqueira e, acima de tudo de alma cheia pelos amigos que me acompanharam, pela camaradagem, por ter curtido milhões naqueles trilhos. Foi puxado, fizemos algumas subidas durinhas com um acumulado final de 1225m, mas foi de um prazer enorme.
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Não é todos os dias que desfrutamos destas paisagens |
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Os homens da captação de imagem, captados Foto: Sérgio Peixoto |
Fica o registo do
Strava feito pelo amigo Sérginho (o meu malucou outra vez) e alguns fotos que achei interessantes publicar.
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Aqui era mais downhill |
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A chegada à selva |
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Olha lá ali a Praia da Luz |
Podem ver também o registo
vídeo da Balbina TV, feito pelo experiente operador de imagem, o meu amigo Osvaldo Teodósio, que mostra um pouco do que pudalámos neste dia.
Um agradecimento especial à minha bike, a minha companheira de alguns milhares de quilómetros, que apesar da roda 26'' se portou lindamente, sem problemas mecânicos ou furos.
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Pelos veredos com a Praia da Luz à nossa espera |
Malta, temos de começar já a pensar na próxima aventura. Sabem que eu gosto destas voltas XL, ah ah ah.