ATAQUE IMPROVÁVEL AO GUILHIM

Apanhado pelo radar

Hoje foi dia de regressar ao pudalanço após um interregno de alguns dias devido à lesão do tornozelo. Não está fácil a adaptação à nova esmaltina... Após esfrega forte do amigo Hélio do Corporeus, que nos primeiros dias só muda as dores de sítio, fui testar a pernoca, numa voltinha, pensava eu, assim mais para o plano, a ver se a coisa estava melhor e se adapto o corpo à nova posição de condução.

Todo radioso a pudalar logo pela fresca

Aproveitei para voltar a pudalar com o meu amigo e colega Andriy, que também tem estado com a actividade suspensa e precisa rolar. 
Saí de casa e fui ao encontro do rapaz, que só podia fazer-me companhia após tratar das lides domésticas.

Eh pá, alguém se esqueceu ali de uma bike...

À hora combinada lá estava eu a bater-lhe à porta já com 10km feitos, ali pelo estradão das Gambelas e depois pela mata até à EN125, em São João da Venda. 

Uma bela moradia abandonada

Não havia um percurso definido mas resolvemos ir para o lado do Parque das Cidades e começámos a curtir uns singles ali junto ao Estádio Algarve. Contornámos o estádio e metemos pelo estradão a sul de Santa Bárbara de Nexe.

O Andriy a curtir nos veredos do Parque das Cidades

Quando pedalávamos no trilho junto à A22, o amigo Andriy lembra-se de dizer que gostava de ir até àquele monte onde fomos uma vez os dois... Aponta com o dedo para o horizonte e... zabimba... Cerro do Guilhim...

Eu e o meu companheiro de jornada

Não sei se por eu comentar que não estava mal do tornozelo, se por pensar que sou um trepador, resolveu mostrar esse desejo. Raio desta malta que só me sugere coisas complicadas, arre... 
Pronto, mas quem sou eu para não lhe fazer a vontade, não é?...

Este single é qualquer coisa de espectacular... a descer então!

Lá se fez o resto do trilho, antes de cruzar a estrada de Estou e depois foi sempre a bombar na subida pela calçada até ao single track, mais acima. 
Resolvi trepar lá para cima pelo trilho supostamente mais fácil, só que não. 

Carrega Andriy...

que a subida continua...

Não é tão inclinado, vamos aos ésses por ali fora, mas tem muita pedra. Mas lá se fez e sempre deu para ver o comportamento da roda 29" naquele tipo de terreno.

Descida com vista mar

Pensei que estava feito quando ele se sai com a conversa de que queria ir mesmo até ao marco geodésico. Bolas, que raio de ideia pá! Lá teve de ser, pronto! Também não quero ser desmancha prazeres.

A burra a descansar antes de papar a subidinha ao fundo

Fomos pelo lado nascente, teoricamente mais fácil. Teoricamente. Aquelas subidinhas mais íngremes tiveram de ser feitas com as burras à mão... Pedra solta em monte, como se diz aqui nos Algarves. 

Atingido o cume foi hora de nos regalarmos com a vista, apesar do tempo estar meio cinzento, comer uma barriga, hidratar e voltar para baixo, pelo mesmo trilho por onde subimos. Descer também não é tarefa pacífica já que há pontos da descida bastante técnicos e perigosos qb.

Para ali? Cerro abaixo? Não pá, ainda vamos subir ao topo.

Descida feita em segurança e fomos até Estoi onde visitei o amigo Stefano, um italiano radicado no Algarve e com quem pedalei muitas vezes. Lá estava ele na sua loja de produtos regionais, a Canasta. Vão lá fazer-lhe uma visita, tem coisas e produtos muitos interessantes, para além da simpatia dele e da esposa.

Apreciar a paisagem após aviar a subida

Daí para a frente o Strava boicotou-me a gravação do percurso, mas foi rolar até casa, já a pensar no almocinho. Pelo caminho ainda rapinámos umas laranjeiras, para aconchegar a pança.

Selfie, lá no topo do Guilhim

Almocinho? OK! Mas primeiro toma lá um furinho na roda frente só para dares à bomba e aqueceres para o duche. Pois, quase dentro da garagem e a roda a perder ar... Umas bombadas e lá se aguentou até ao final.

Mais 41km a somar à conta pessoal, em boa companhia, a um ritmo interessante e sem sofrimentos, numa manhã fresca mas que, quando o sol aparecia estava impecável para a prática da modalidade. Quer dizer, se chovesse, estava na mesma igualmente boa. Se as bicicletas são todo o terreno, tanto andam em seco como em molhado, não é?

Descer também não é pêra doce...

Até já é continuem a pudalar. 

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