IR A ROMA E... NÃO VER O PAPA

Hoje a modos que foi dia de mais uma aventura, daquelas a dar para o longo.
Estava um briol daqueles de cortar a orelhita ao artista, mas isso não foi impedimento para sair de casa cedo. O solinho também não queria colaborar, muito envergonhado por detrás das nuvens.

Apanhados pelo radar...

O vento de leste apenas previa coisas boas no regresso a casa, o que já não é mau de todo. Mas a malta não se fez rogada e como o meu parceiro de aventura fez anos e não lhe dei prenda, resolvi oferecer-lhe a oportunidade de levar um grande empeno, eh eh eh (o pior é que não foi só ele...)

Outro grupo... Ah leões, de Olhão

A volta estava delineada já há alguns dias e a ideia era ver como estava a Ribeira da Asseca, lá para as bandas de Tavira. Logo aqui ao lado, claro...

O Andry a desfrutar dos estradões

Tinha o percurso pensado de uma forma, mas vi um track na net que tinha ali umas nuances diferentes e agradou-me a coisa.

A dupla de hoje em bom ritmo a partir pedra

Saímos de Faro, contra o vento, claro, para apanhar o trilho junto à Via do Infante, que nos levaria até ao nó de Olhão. Fomos gerindo o andamento ao nosso ritmo e ao sabor do já referindo sopradeiro que se fazia em sentido contrário, só para chatear.

Muitas casas abandonadas... memórias de outrora

Já nas traseiras da área de serviço de Olhão era altura de iniciar o percurso que tinha visto. Íamos benzinhos quando me vi um bocado perdido sem encontrar o trilho. Lá invertemos e metemos por outro que, supostamente nos levaria novamente a pudalar paralelos à A22 só que... pumbas, um portão fechado a cadeado. Mas isso é alguma coisa?! Naaa... dava para passar junto à vedação e vá de passar as bikes por cima do portão e sigaaaa.

Ao fundo, um moinho

Há sempre uma luz ao fundo do túnel.

Depois de passar o viaduto por cima da A22, metemos por um veredo que deu num belo single, sempre contornar uma ribeira cujo nome não sei, antes de aviarmos uma bela subida até à Boavista, onde apanhámos o asfalto que liga à estrada de Santa Catrina da Fonte do Bispo para Tavira.

Perdido no meio da savana

Logo a seguir ao Marco descemos por um trilho bem pedregoso, até à Ribeira da Corte para apanhar o estradão, depois desta, que nos levaria até à Cascata da Torre.

A Ribeira da Asseca toda molhada, com um bom caudal

Caminho sempre pacífico e a rolar bem, até ao asfalto que fizemos para o Pego do Inferno. Tentámos depois contornar a zona da cascata e atravessar a Ribeira da Asseca, sem molhar os pezinhos...

Andriy, atira-te ó mari e diz que t'empurrarem

Não foi tarefa fácil e obrigou-nos a fazer um desvio mais para cima. Já na outra margem a ideia era chegar à cascata, por dentro da ribeira, mas aqui está com as canas muito fechadas e não se vislumbrava tarefa fácil. Mesmo assim ainda deu direito a molhar os pezinhos cá do je, só para ir espreitar a coisa.
Resumindo: fomos a Roma e não vimos o papa... Salixe, a malta queria mesmo era pudalar.

Abancámos na margem, aviámos uma fruta e umas barritas e ala que se faz tarde, em direcção a Tavira.
Por esta altura, com metade dos quilómetros aviados a coisa não estava fácil. Não pela distância percorrida mas por que o Andriy estava com uma dor na perna esquerda e eu com o tornozelo a fégar-me o juízo... Ainda me passou pela cabeça chamar a assistência em viagem...

A montada a pastar junto à margem

Mas como um homem é um homem e um bicho, é um bicho, lá atravessámos a cidade do Gilão até entrar na Ecovia e, aproveitando que o senhor vento estava a favor, aviar mecha por aqueles estradões afora.

Esta zona faz-me sempre lembrar Sintra

Uma selfie com os dois estarolas

Não vimos a cascata, mas uma coisa era incontornável: não parar na Fuzeta e ir visitar o amigo Fernandinho do seu Porto D' Abrigo. Também ele um homem das bikes, com muita história para contar, que nos recebeu com a simpatia habitual.

Tavira e o Rio Gilão

Água fresquinha? É só dar à manivela!

Era só uma paragem para uma cervejinha, mas tivemos de aviar uma sandes grega, que ainda nos conseguiu preparar, apesar da hora tardia a que aparecemos, bem regadinha com umas pretas fresquinhas.

Uma pose na Torre de Aires

Já não chegámos a horas de apanhar a automotora...

Repor energias e líquidos

O Andriy é que lhe custou mais a abrir a boca para dar a primeira dentada que a superar o percurso até ali. Pensava ele que, quando pedi a sandes, era uma sandocha normal, eh eh eh.

Registo da passagem por Olhão

Salinas de Olhão

Mas fez-nos bem, deu-nos energia para fazer o resto do caminho, sempre pela Evovia, até Faro.
E é isto malta, uma boa parte de um domingo, a curtir e 6h33 em cima das maganas, num total de 88Km. É destas aventuras que gosto, em boa companhia, a rolar como nos dá nas ganas e acabar em beleza, com vontade de repetir.
O Andriy é que me deve estar a chamar nomes a esta hora, ah ah ah.

Saúde amigos, à nossa!
Foto: Andriy Kuzmenko

Continuem a puladar!



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