A SOLO, COM SOL E CHUVA
Bolas, estava a ver que não acertava com o dia em que chovesse para ir pudalar! Já me estava a passar!
Depois dos homens da Mentiriologia terem falhado no Sábado e Domingo, quase me enganavam hoje também.
Parceirada de outros pudaleiros também não apareceu, estavam todos com medo de se diluírem na água da chuva, com certeza.
Saí de manhã qual cachorro abandonado e sem rumo. À medida que ia progredindo no terreno fui fazendo a volta. A única certeza era a de que queria uma volta larga e sem grandes subidas, eh eh eh. Rolar e curtir o fresco na cara, era o que se impunha.
Aqui e ali fui fazendo uns veredos, mas a ideia era mais aviar uns estradões, para evitar zonas muito lamacentas e mais complicadas.
Já estava a ver que não tinha acertado no dia pois a certa altura já sentia que tinha roupa a mais, com o solinho a apertar forte e demais para o meu gosto.
Fui pelo estradão das Gambelas até São João da Venda, antes de andar a verificar o estado dos trilhos pelas bandas do Estádio Algarve. Aqui e ali umas belas poças de água, mas como a bike é todo o terreno, circula em qualquer lado.
Havia uma ligeira brisa de frente, mas nada que incomodasse muito. Passei pelo Medronhal, contornei o MARF e fui em direcção ao Guilhim, antes de descer até ao Coiro da Burra, por baixo do tabuleiro da A22.
Já subia para Estoi, pela estrada do Palácio, quando as nuvens apareceram e começou a escurecer bastante. Parei na aldeia e dei dois dedos de conversa ao meu amigo Stefano, companheiro de outros tempos do pudalanço.
A propósito, deviam conhecer a loja dele, a Canastra? É passarem por lá e verem os produtos regionais e as peças de artesanato como as fantásticas tábuas de cozinha, exclusivas e feitas por ele.
Depois ainda fui ver as vistas até Pechão, via Quinta dos Poetas e Alecrineira, só para me tornar uma Local Legend do Strava, na zona do Acampamento Azul, ah ah ah.
Já que estava ali na zona, andei a fazer umas veredas de Pechão, só para entreter a ver se começava a chover. Após o Chão de Cevada lá começaram a cair as primeiras gotas de água.
A coisa só se intensificou quando passei a Galvana, mas já não deu para encher o caudal do Rio Seco e tive de passar aquilo a seco. A seco por baixo, que por cima já molhava.
Mais um topo no viaduto por cima da variante de Faro e pela avenida até casa, já a água do chão salpicava fortemente o traseiro. Cheguei todo molhadinho... Estava a ver que não!
Foi assim a marcha de Carnaval cá por estas bandas. Abalei com sol e cheguei com chuva e com uma luminosidade que mais parecia que já eram sete da tarde.
Continuem a pudalari!
Strava > https://strava.app.link/IKsBjiPprRb