O que mais pode um pseudo ciclista todo escalfado e com uma bike toda podre fazer num domingo logo cedinho, com céu nublado e um ventinho a puxar pelo frio? Pudalar, para aquecer!
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Dois malucos a fazer frente ao frio |
O meu telefone dizia (como se o gajo falasse) que estavam 4 graus e a sensação térmica era de 2 graus. Nada mau, podia ser pior e a malta não quer cá coisas fáceis, senão relaxa muito!
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Ultrapassados por outras bikes... duas delas a motor... |
Hoje o objectivo pré-confinamento era ir até ao
Moinho das Estrelas, por cima de Santa Bárbara de Nexe. Ou melhor, moinhos, porque existem lá dois. Sim, esses que se avistam da Via do Infante.
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Apesar do sorriso ia todo roto (foto Andry Kuzmenko) |
Há muito tempo que lá não ia e o desafio apresentava-se duro, já que o trajecto para lá, a partir de certa altura, é sempre a apontar à lua... sempre a subir, a subir, a subir. Irra que pudalar cansa!

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Pedala, sobe e não refila (fotos Andry Kuzmenko) |
Saímos de Faro em direcção ao Mar e Guerra, Bela Salema, Medronhal, Colmeal e depois pelo belo single track (ainda que a subir) que nos leva quase ao Guilhim.
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Carrega Andry que a burra vai cansada |
Metemo-nos depois em marcha na direcção de Santa Bárbara, onde abastecemos de café na bomba de combustível da aldeia.
Daí para a frente foi sempre a doer. Primeiro por estrada até ao Sítio da Aldeia e depois por um caminho cimentado onde os batimentos cardíacos atingiram limites que nem faço ideia.
No final desse caminho um belo single track e já se avistava o primeiro moinho e se conseguia ver toda a paisagem até ao mar, mas ainda faltava um nível.
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Está quase... já se vê a pontinha do primeiro moinho lá em cima |
Toca de carregar no pedal e toca de subir mais um pouco. Fuuu! Mas as bikes são de BTT e tanto sobem, como descem, não havendo ordem para desmontar até se atingir o cume.
Depois da escalada a recompensa: lá bem do topo a vista magnífica que se alcança a partir dali. Hoje o sol andava meio escondido e a visibilidade não era a melhor.
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Atingido o primeiro patamar da escalada |
Algumas fotos para a posteridade e aparecem dois companheiros, meios perdidos, que seguiram depois connosco até Faro.
Descemos pelo lado norte em direcção aos Agostos, onde metemos num trilho interessante até Bordeira, seguimos então por alcatrão até ao Alface e depois por terra batida até Estoi.
Atravessámos a EN2, mais um trilho de terra batida e até Faro por alcatrão.
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Armado em atirador a preparar a arma (foto Andry Kuzmenko) |
Foi já à entrada da cidade que tive problemas de transmissão. Não, não foi a rede móvel, foi mesmo o sacana do desviador traseiro que começou a parvejar e foi complicado chegar a casa. A corrente saltou e fiquei para trás, sozinho, a tentar por a burra a andar.
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Aprendi a tirar selfies com o Prof. Marcelo |
Pena que a malta que nos acompanhou não se preocupasse sobre se eu estaria bem e nunca mais os vimos. Lá voltou o meu companheiro atrás, quando deu pela minha falta. Mas pronto, estava tudo bem comigo, isso é que importa.
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Parece que estou gordo mas é só do casaco que me fica largo |
Chegámos a Faro, apesar de tudo, com o frio a fazer-se sentir. Enfiei-me debaixo do chuveiro de água quentinha e desfiz a barba. Sim, que eu só faço a barba depois de pudalar... Por causa de um mito: dizem que o BTT é só para homens de barba rija, eh eh eh.
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Lá ao fundo o próximo nível (moinho) |
Mais 38km para somar ao acumulado. Sigaaa!
Fica o registo do Strava >
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