Domingo e sai mais uma voltinha por aí.
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Duas coisas que me dão muito prazer: fotografar e fazer BTT Foto: Andry Kuzmenko |
Hoje fomos à bolina, sem destino, trilhos fora. O percurso foi feito conforme a maluqueira nos dava na marmita. Ou melhor, me dava a mim, o meu companheiro de jornada vai
alinhando em tudo o que sugiro. Acho que às vezes se arrepende, eh eh eh. E eu também.
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Os dois estarolas a posar pá foto |
Mas um homem é um homem e um bicho é um bicho (pronto já tenho os ecologistas e afins à perna...) e se não formos explorando certos caminhos nunca saberemos como são ou como os conseguimos superar.
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Só quem anda de bike sabe o prazer de fazer um single |
Levamos as coisas nas calmas, sem stresses, sem pressas, sem metas. Apenas pelo prazer de galgar quilómetros, umas vezes mais, outras menos, mas acima de tudo ir desfrutando da companhia, das conversas, das histórias (o Andry diz que tenho muitas, eh eh eh. Jura!) e da paisagem que pode ser uma vista deslumbrante do cimo de um cerro qualquer ou um
single track por entre arbustros e pedras.
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Subida durinha pelo meio do mato |
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Desta vez o cavalinho saiu mal, lol Foto: Andry Kuzmenko |
Os caminhos, esses maganos que tantas vezes nos fazem sofrer e suar as estopinhas em ingremes subidas, muitas vezes feitas à mão, são os que nos levam aos sítios mais inóspitos e onde nunca iríamos de outra forma a não ser nas nossas gingas, nas nossas burras, como tantas vezes lhes chamo.
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Mais um inclinação de terreno vencida Foto: Andry Kuzmenko |
A minha é das mais simples, antiga e sem as mais modernas inovações, roda 26'' e travões V-Brake, imagine-se. Mas tem chegado onde as outras também chegam, ao meu ritmo e com a minha pachorra, paciência e resiliência.
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Aqui a rolar, não pode ser sempre a subir, livra. Foto: Andry Kuzmenko |
Sobre hoje posso dizer que depois de iniciarmos o passeio em zona plana pelas salinas e circundando o aeroporto, antes de entrar no caminho do Ludo, monte do sal, para depois irmos até à zona do Laranjal.
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Meia subida feita até ao talefe Foto: Andry Kuzmenko |
Continuámos pela estrada da ponte romana e fomos atravessar a EN 125 já em S. Lourenço. Por alcatrão até ao Esteval e rotunda do Estádio do Algarve até apanhar o trilho junto à A22 até à zona do Ikea. Aí subimos por um trilho quase apagado até à estrada de Loulé para Santa Bárbara de Nexe.
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Já se via o pinoco, ufaaaa! Foto: Andry Kuzmenko |
Antes desta aldeia vimos uma "apelativa" subida que já não fazia há muito tempo e convidei o meu amigo a ir experimentar. Mas valeu a pena até porque fui ter a um magnífico
single até à aldeia, que circundámos, para metermos para o caminho que nos levaria para as bandas do Cerro do Guilhim.
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Para que conste que estivemos lá |
Podíamos ter descido por outro expectacular
single, mas optámos por fazer a subida até ao cruzamento que passa no sopé do belo do cerro. E como quem vai a Roma deve ir ver o Papa, não quisemos deixar de ir até ao talefe, pois claro.
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O talefe do Guilhim imponente lá no alto |
Pedalámos até onde foi possível e depois foi de empurrão parede acima... Chiça que aquilo foi pior que bater na avó e cuspir na sopa... Custou que se fartou mas chegados lá acima é o êxtase. A paisagem em dia de sol a perder de vista é única e apetece ficar ali a comtemplar todo aquele espectáculo.
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Mais uma vez caçado, desta vez em filmagens, já na descida Foto: Andry Kuzmenko |
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Tão má de subir, como de descer |
Repostas as energias, hidratados e aviadas umas barritas de cereais, foi hora de pensar na não menos fácil descida. Aconselhados por outro colega betetista, fizemos um caminho alternativo para regressar à base e lá se tornou menos perigosa a descida, montados nas bikes.
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A Via do Infante a serpentear na paisagem |
Descemos até à zona de Estoi e depois de irmos rapinar umas laranjitas (já vai fazendo parte do roteiro), o caminho foi teito pela estrada até Faro. Já quase a chegar à cidade fomos alcançados por um grupo de amigos dos Carrega no Pedal, ou o que resta desse temível grupo com quem fiz tantas quilómetros por esses trilhos.
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As gingas no repouso |
E, pessoal do BTT, adivinhem quem quase me fez cair da bike?? Humm?? Sim, o Camacho, pois claro. O homem continua em grande forma, ah ah ah.
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Uma bela chapa sacada pelo Andry |
Já se fazia tarde para fazer a folha a um magnífico cozido à portuguesa do
Atelier da Comida, regado com tinto alentejano. Sim, que isto não pode ser só pudalar e a coisa dá fome.
Hoje não se fizeram muitos quilómetros, diz o Strava, mas o tempo que se pudalou foi o que se arranjou, quase sem querer.