NÃO ERA PARA SER ASSIM, MAS FOI!

Domingo de manhã, despertador a tocar, sair da cama bem cedo, equipar, tomar pequeno almoço, abrir a garagem, calçar sapatos de encaixe, atestar o camelback com água, colocar óculos de protecção e capacete, calçar luvas, sair com a velha Trek, ligar o Strava.
Todo um ritual que se repete a cada saída com a menina, para ir desbravar trilhos.

Ainda sem grandes subidas, com o amigo Luís Romão
Foto: Andry Kuzmenko

O meu colega e companheiro de pudalanço tinha pedido ontem um "volta pequenina, estou cansado". Sim, o rapaz por vezes trabalha ao fim de semana.
O objectivo era então rolar aqui pelo quintal para lhe fazer companhia, fazer companhia a quem me tem aturado e acompanhado nos últimos meses em tanta volta e que aceita sempre as minhas sugestões sem hesitar. É um rapaz duro.

Por vezes surgem uns ciclistas improváveis

Chegou, perguntei como se sentia, "estou bem" disse. Então se estás bem não queres experimentar a ir com o grupo do meu amigo Lino? Se não te sentires confortável fazemos os dois uma volta mais curta então. OK, pode ser. Lá está, aceita sempre o que sugiro... se calhar por vezes arrepende-se!

Ao fundo o Cerro de S. Miguel, rodeámo-lo mas não fomos lá

Já um pouco em cima da hora fomos a assapar até ao ponto de encontro e conseguimos juntar-nos a eles, mesmo no último minuto.
Iniciámos então o percurso pela EN125 até aos Salgados e depois pelo Monte Amarelo, rumo à zona de Moncarapacho de onde subimos por um trilho muito mal calcetaaaadoooo até ao Vila Monte. Mas fomos avisados por um velho senhor que caminhava por ali de que o caminho tinha buracos e pedras. Não fizemos caso, foi o que se viu.

A subir, mas é um belo de um trilho

Pudalámos então até ao Pereiro e fomos apanhar a estrada que vai de Moncarapacho para o Peral, a subir, a subir, a subir, claro. Como se não bastasse a inclinação do terreno tinha uma desconfortante dor nas costas que não me motivava muito, mas lá se chegou ao topo.

Bela paisagem e um belo estradão

Os trilhos continuavam com deficiência na pavimentação, mas que importa isso? Ainda consegui riscar os cromados num arbusto seco e tenho agora uma tatuagem na perna e no braço. Há que ir mudando o visual de vez em quando.

Tendeiro em forma e eu lá ao fundo, com o Cegasa, a penar

Apanham-me sempre com cara de cansado, fuuu!
Foto: Andry Kuzmenko

Do Peral até aos Machados e depois por uma vereda bem inclinada para chegarmos até à zona de Estoi, no Guilhim, onde nos metemos por alcatrão até Bela Salema e depois Patacão rumo a casa, já cheio de apetite para aviar o belo do borrego que me esperava e uma pinga alentejana, tinto, pois claro.

O trilho da lebre, tal era a buraqueira

Apesar do sol não se fazer sentir muito deu para definir as marcas do equipamento nos braços e pernas. Fizeram-se assim mais 53Km em boa e agradável companhia. Mesmo roto e escalfado venho sempre a desatinar com a malta. Só para os moer, eh eh eh, tadinhos!

Há que desmontar para não assustar os equídeos

A volta de hoje era para não ser assim, mas foi. E o meu amigo aguentou-se bem!

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