DEI A PRIMEIRA NA FININHA

Ficará para a história que hoje foi o primeiro dia em andei de fininha. Ah canita!
Após forte insistência do amigo Peixoto e de algumas afinações, lá fui experimentar como é andar em cima dos aramitos.
Fomos para a serra, estradas mais calmas, menos trânsito mas com pendentes maiores também.
O pretexto era ir ver a passagem da Volta ao Algarve, na Cortelha. Saímos de São Brás de Alportel e fomos tomar um cafézinho e uma torta de amêndoa, no Café D. Rosa em Querença.
Só para não irmos logo directos ao Barranco do Velho, fomos aviar umas subidinhas para os lados dos Corcitos e virámos na estrada de Salir para o Barranco. Dali para a frente a nossa sina era continuar a subir, já é sabido! Chegámos à EN2 com acumulado bem jeitoso e a precisar de mais uma torta de amêndoa.
Virámos depois em direcção a Cachopo até aos Montes Novos. Até ali o tempo estava porreirito, mas do nada começou a choviscar e ainda tivemos que nos abrigar momentaneamente, antes de virarmos para Vale da Rosa.
De novo na EN2 voltámos então até à Cortelha, já com as viaturas de abastecimento da volta a posicionarem-se para dar mantimentos aos ciclistas. Fartámo-nos de procurar a nossa e nada, não havia abastecimento para nós.
Tivemos de abancar na Casa dos Presuntos da Cortelha e ali, à beirinha da estrada na esplanada, aviámos umas sandochas de presunto e umas stouts, até à hora da passagem da volta.
Lá vimos passar os prós e metemos pudalanço logo atrás deles para não nos levarem muito avanço. Ainda deu tempo para os ir ver passar outra vez no Corotelo, antes deles aviarem a subida para a Bordeira e nós o regresso a São Brás de Alportel.
Foi uma bela jornada de ciclismo, por outros caminhos e outras paisagens. Aqui e ali um pouco mais de fresco, umas gotas de água, mas no geral esteve muito bom.
Fomos só os dois amigos, nas calmas, a curtir, como nós gostamos. Por força da minha bike fomos sempre falando e lembrando o nosso saudoso amigo Quedinhas, as nossas histórias e as nossas private jokes.
Amigo Osvaldo a fininha portou-se bem, o Peixoto é que nem tanto, ah ah ah. Tu sabes, tu aí de cima deves ter visto e ao chegar a casa ainda mandaste o teu pessoal encontrar-se comigo e verificar que estou a cuidar bem da fininha.
Foi um belo batismo com 70km rodados e uma altimetria interessante de 1.170m, se bem que para mim isso é o menos importante. Continuo a achar mais piada aos momentos, à amizade e ao que se vive em cima da bicicleta, do que aos números.

Continuem a pudalari!

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