EMPENOS DE SÁBADO À TARDE
Pois que o amigo Ricardo Espinha quis ir pudalar este fim de semana e gostava de fazer algo "mais durinho". Escolheu ele o percurso!
O percurso passava pela descida da pedreira, que está intragável devido às chuvas e, já quase na EN2 metia por uma subida à direita, em cimento... Uma subida o cacete, uma parede. Lá teve de se fazer a pé, não havia pernas para aquilo... mas a pé também não havia, ah ah ah.
Fez-se e fomos parar ao Alface, vindos lá de cima. Metemos estrada da Bordeira acima e depois pelo trilho à esquerda onde passámos junto a uma ribeira que nunca tinha visto com água.
A selecção dele caiu sobre o percurso da Maratona Altimetria 2013. Mandou-me o GPX e ainda fiz uns ajustes ao mesmo, por saber que em determinados pontos já não se consegue passar. Mas se soubesse tinha feito mais, tinha tirado muita sudidinha (leia-se subidorra), ah ah ah.
Com algumas nuvens mais escurinhas a norte, arrancámos após o almoço para nos fazermos aos trilhos. Algures ainda caíram umas gotas de água, mas acabou por ser só uma borrifadela. Esteve uma bela tarde para se andar por aí a pudalar, montes acima.
Já se sabia que a altimetria do percurso era altinha, mas mesmo assim a malta não se acanhou. A coisa começou logo a morder ali para os lados dos moinhos de Santa Bárbara, onde passámos bem perto e continuou para as bandas da Goldra.
Já perto de Barreiras Brancas enganámo-nos no percurso e o GPS fez questão de que voltássemos atrás só para repetir como deveria ser, eh eh eh. Raio das tecnologias!
Alguns trilhos estão minimamente cicláveis, mas não estão visíveis e mesmo com o GPS custa, no imediato, a perceber onde é a entrada para os mesmos. Outros já não é de todo possível fazer devido a alterações nos terrenos, com vedações e afins.
Foi o que aconteceu a seguir aos Moinhos do Alto do Morgado. Mas aí até foi bom o trilho já não existir pois fomos parar à Fonte da Murta e à bomba de gasolina, perto do Zé Dias. Estávamos a precisar de água e assim abastecemos ali.
Já com dois terços do percurso na lombeira continuámos a aviar subidas até ao Cerro do Botelho, antes de se conseguir descer um pouco até aos Funchais.
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© Ricardo Espinha |
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© Ricardo Espinha |
Logo a seguir tivemos de fazer o primeiro atalhanço, pois não tinha força nem coragem para fazer uma certa subida, ali na zona do Telheiro. Fomos por asfalto até Benatrite e atalhámos logo directos a Santa Bárbara de Nexe.
Ainda fizemos o single do Guilhim e rumámos até ao Medronhal e Bela Salema, já todos esgotados. Eu todo mamado, cheio de cãibras e a precisar de aviar uma javali assado, daqueles que encontrámos no trilho antes de descer para o Alface.
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© Ricardo Espinha |
Chegámos estoirados, mas felizes de ter vivido mais esta aventura. Foi um valente empeno de 68Km com mais de 1200m de acumulado, mas o que fica para a história é o momentos, os momentos desta aventura.
Agora é escolher o próximo track para a próxima aventura.
Continuem a pudalari!
Strava > https://strava.app.link/nDlDxuAyQQb