Ainda não tinham batido as 7:30h e já se ouviam os pneus a calcar o caminho, a sentir o fresco da manhã, para uma voltinha a solo no meu quintal. O meu verdadeiro e amado quintal.
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Esta máquina quer é aventura! |
O sol apareceu envergonhado por trás das nuvens nesta manhã, o que contribuiu fortemente para uma temperatura mais amena e apelativa ao pudalanço.
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Água fresca da Serra de São Mamede |
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Portalegre ao amanhecer |
Paragem na Fonte Capitão para atestar de água fresca da serra de São Mamede e ala que se faz tarde em direcção ao Arieiro e depois à Penha, para apanhar o estradão até à Praça de Touros de Portalegre.
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Pronto a pegar de caras mais uns valentes trilhos |
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Entre Ribeiras no horizonte |
Sem destino muito bem definido fui um pouco à bolina e decidindo a cada passo por onde seguir. Optei por meter pelo estradão que vai até à Barragem do Zé dos Cães (sim, outra vez!).
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Parece que só se podem apanhar empenos! |
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Impunha-se uma visita |
A meio fiz uma breve incursão até à Herdade de Entre Ribeiras que desperta sempre atenção de quem ao longe avista a sua torre. Desde miúdo que ouvi falar neste local, onde o meu pai trabalhou e que está mesmo a pedir uma bela recuperação.
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A torre da herdade vista de outro prisma |
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Edifício principal, com capela. |
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Uma casa brasonada. |
Tentei depois encurtar caminho para o Senhor dos Aflitos, mas não dei com o trilho à primeira e depois a rede móvel não colaborou e não me consegui orientar. Teve de ser navegação à vista e voltei ao caminho principal até ao Monte da Vinha.
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Uma imagem recorrente por estas bandas |
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Monte da Vinha |
Desta forma fiquei a saber que o caminho deste monte até à Ermida do Senhor Jesus dos Aflitos está em muito boas condições até para automóveis. De louvar!
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Mais um monte abandonado e em ruinas. Uma pena! |
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A fazer o gosto ao pudal pelo campo |
Um breve paragem na Ermida para trincar qualquer coisa e resolvi seguir por asfalto até à estrada do Crato, onde atravessei e meti por um caminho de terra batida até aos Fortios (Para Uncles, em inglês, ah ah ah). E que belo caminho este. Deliciei-me imenso a fazer este trajecto por entre o montado.
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Ermida do Senhor Jesus dos Aflitos |
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Vá uma chapa ao ciclista |
Nos Fortios atravessei o IP2 e fui em direcção à Vargem, por asfalto. Não consegui vislumbrar nenhum trilho em terra batida, mas sei que os há.
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E agora uma de perfil só para chatear |
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Passagem a vau |
Quando cheguei à estrada de Castelo de Vide para Portalegre, antes da Vargem, deu-me a sensação de que estava ali um caminho mesmo a pedi-las!
Fui apalpar terreno e abordei um casal de idosos à porta de sua casa.
- Bom dia! Este caminho tem saída?
- Ter saída tem, mas olhe que a seguir à ribeira está ruim e tem muita pedra!
- Ora, pedra é o meu nome do meio! Vou experimentar. Obrigado.
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Já se avistava Carreiras na encosta |
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Um C130 a fazer-me segurança privada |
Riram-se e eu lá fui. Passei a ribeira onde ainda deu para molhar os pézinhos e, de facto, a seguir estava um pouco manhoso. Mas foi coisa de pouca dura e depressa estava num valente estradão por onde meti mecha até ao asfalto que vai sair à estrada para a aldeia de Carreiras.
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Açúcar e cafeína para dar energia |
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Torre do Relógio de Carreiras |
Com 40km nas pernas, vi a aldeia lá em cima e pensei: "Já que estou aqui subia até lá, não?" Lá teve de ser. Só que o sol tinha reaparecido e a coisa foi mais picante do que o previsto. Mas fez-se!
Chegado ao largo da aldeia abanquei no café, aviei uma bela cola fresquinha e segui em direcção aos Alvarrões.
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Cores quentes de Verão |
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Trialeira dos Alvarrões |
Mais umas subidinhas par alegrar a coisa (ou não), parei ao cimo de uma para atender um telefonema e ao olhar em frente vejo o que me cheirou ser um belo de um veredo.
É já por aqui! Primeiro single track, com umas pedritas e tal, mas depois um belo estradão até chegar à estrada de Portalegre para a Portagem. Que mel de caminho por entre o arvoredo, caramba!
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A fazer a curva do segundo gancho em grande estilo |
Depois foi descer a "estrada da rampa" até ao Monte Carvalho, de onde tinha saído.
Sem querer e sem muita programação foi mais uma voltinha daquelas que deu para aviar mais 53km, muito diversificados.
Continuem a pudalari!