FINAL DE TARDE NO CAMPO

Podia ter ido à praia? Podia! Mas também não era a mesma coisa.
Estava um solinho daqueles de assar gaivotas à beira mar, mesmo à hora que me meti ao caminho. 

Há lugares e paisagens mágicas

Resolvi ir ali desmoer (como se diz lá no meu Alentejo) o almoço antes que se fizessem horas de jantar. Mas não era preciso essa brutalidade de temperatura, cum camandro.

Uma perspectiva de Faro que poucos conhecem

Como fui sozinho delineei assim o percurso mentalmente, sem grandes complicações, apenas para ir fazer uns quilómetros. Mas normalmente nunca corre como penso inicialmente. Ou porque chego a determinado ponto e resolvo ir por outro caminho ou porque penso que, indo por um lado, vou ter a determinado ponto e afinal pensei mal.

Este trilho é qualquer coisa de fabuloso

Olha, já que aqui estou faço uma selfie!

Mas a ideia era afiambrar uns trilhos até ali para as bandas de Pechão (passei ao lado), Moncarapacho e Fuzeta, para regressar pela ecovia.

O belo do Cerro de S. Miguel a espreitar lá ao fundo!

Tirando o belo do sol que picava forte na pele, o caminho foi-se fazendo ao meu ritmo, um coelhito a saltar das moitas aqui, outro ali e sempre a meter muita águinha. Mas o belo do camelback não é térmico e às tantas já suplicava por uma saqueta de Lipton para fazer um cházinho.

Passagem da ponte para a Fuzeta

Quando cheguei à Fuzeta lá tive de aviar uma cola fresquinha que soube que nem ginjas. Cafeína e açúcar no bucho e vá de me meter à ecovia, com um certo ventinho contrário (como diabo) mas assim a dar para o quente. O mê amigue Fernandinhe estava encerrado (o homem também merece descansar) e tive de ir à vizinhança.

A rolar com vista Ria.

Ainda sonhei com um mergulhito ali na Praia dos Cavacos, mas a maré estava vazia e assim já não me apeteceu.

Marina de Olhão. Bicicleta não entra. Fui de barco...

Lá vim directo a Olhão com direito a passar a Ribeira de Marim a vau, graças à maré baixa. Ainda um dia tenho esperança que acabem a bela da ponte que começaram há uns anos... A esperança é a última a morrer, dizem.

Já a lua ia alta sobre as salinas.

Atravessei Olhão pela zona ribeirinha, cheia de pessoal, já a ver dos restaurantes para o jantarinho. Até eu já aviava qualquer coisa aquela hora. Ai nanas!

Uma colónia de flamingos nas salinas.

Passei ainda pelas salinas de Olhão, mas com a maré baixa aquilo não tem a mesma piada nem a mesma vista.

Uma plantação de sal.

Depois foi aviar mecha até casa para um duche de água fria e um jantarinho para recompor.
Mais uma voltinha vespertina onde só se sentiu o fresco quando me aproximei do litoral, com mais 54km rolados.

Continuem a pudalari!

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