VOLTA DO CAMÕES

Aproveitar o Dia de Portugal e dar uma voltinha pelos belos trilhos deste país era coisa que se impunha.
Não deu para ser de outra forma e teve mesmo que ficar para hoje.
Com o dia meio encabrunhado e o sol meio escondido desafiei o amigo Andriy para nos fazermos ao caminho. Não conseguimos arranjar mais pudaleiros para nos acompanhar e restou esta dupla fabulosa.
A questão que se coloca é sempre "onde vamos?" Olha vamos indo, pudalando e conversando, logo se vê! Vamos decidindo depois de cada curva ou entroncamento.
Ultimamente tenho pudalado mais à noite e já me estava a fazer falta percorrer os arredores durante o dia e variar os trilhos. Senão começava eu a variar, ah ah ah.
Já se sabe que o meu companheiro de jornada não fala muito e, acho que às vezes, fica cansado só de me ouvir a mim. Tadinho do rapaz!
Fomos andando até às bandas de Moncarapacho, percurso que dá sempre direito a fazer belos veredos e alguns estradões, assim em velocidade de cruzeiro, sem pressas, apenas a usufruir do prazer de andar por aí a carregar nos cranques.

Foto: Andriy Kusmenko

Antes disso ainda andámos a partir as canas do túnel do trilho do cemitério, que aquilo estava perigoso com tanta cana atravessada no caminho. Depois logo nos agradecem o nosso empenho, tá bem?

Foto: Andriy Kusmenko

O sol lá ia despontando, aqui e ali, a fintar as nuvens e a aparecer para se fazer sentir na pele. Se bem que estava um pouco de vento para ir arrefecendo e refrescando a malta.
Atravessámos Moncarapacho e fomos à procura do caminho junto à A22. É sempre bom fazer este trilho, mas desgasta sempre um bocado. Muita pedra solta e regueiras.
Passámos pela Quinta dos Poetas, mas não fizemos o trilho do javali que aquilo está muito fechado na parte final e já não tínhamos tempo e as catanas afiadas. Optámos por ir até mais à frente e depois em direcção a Pechão e ao Lamaceiro.
Depois, já se sabe é sempre por alcatrão até Faro, via Bela Curral e Areal Gordo.
Aviámos 51km que deram bem para abrir o apetite ao almocinho.

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