O MESTRE SEMPRE A SURPREENDER
No dia da criança fui pudalar com o meu velhote de estimação nestas andanças do BTT: o grande mestre Cesário, mundialmente conhecido em Faro por The Stones Carpenter, eh eh eh.
Já há um tempo que não usufruía de tão ilustre companhia, com quem é sempre um prazer fazer uns giros por aí. Fui com ele e com o amigo Damásio, os três da vida airada.
O homem é um autêntico GPS humano e não há buraco (caminho, leia-se!) que ele não conheça. Mas ontem já estava a ficar preocupado... Será que já não há nada de novo? Só me traz para caminhos que já conheço?...
Às tantas lá sai uma conversa: "Agora vamos por aqui, fazemos a subida e vais conhecer uma vereda que não conheces! Ok, bora lá!
"Eh pá, aí ao meio da subida há uma vereda para a direita, vira aí!"... Mau, isto está pior... Já conhecia esta também!
Lá continuámos a saga dos trilhos e conversas, quando o homem saca da cartola e pumbas, toma lá uns trilhos que tu nuca fizeste! Já estavas a pensar que o velhote não tinha nada de novo, não?!
Há alguns bons anos que ando a tentar aprender tudo com ele e há sempre, em cada volta, uma local onde nunca passei. Desta vez superou as espectativas.
Na parte inicial da voltinha andámos pelos mesmo trilhos do grupo de quarta-feira passada. Fomos por Bela Curral até Pechão, depois trilho do javali, passámos ao cimo da Alecrineira e fomos depois fazer o caminho junto à Via do Infante, antes de virar para baixo em direcção a Moncarapacho.
Depois andámos junto à via rápida que liga a zona industrial de Olhão à A22 e foi nessa zona que o mestre me presenteou com uns belos veredos, até Quelfes. Saímos em Marim, na EN125 e atravessámos para descer até à Praia dos Cavacos e meter pela ciclovia até Olhão.
Sempre com grande conversa, a recordar outros tempos em que o amigo Cesário me espetava grandes escalfadelas por esses cerros acima, só para me mostrar uns moinhos e uns marcos geodésicos, entre outras peripécias e aventuras. E o amigo Damásio a ouvir as histórias de outros tempos.
O dia estava nubladote e quando fizemos o trilho das salinas de Olhão pairavam no ar umas nuvens mais negras a ameaçar chuva. Mas vá lá, aguentou-se sem pingar. Os arbustos é que estavam ainda molhados. Por falar nisso chegámos a casa com os cromados um pouco riscados dos cardos e vegetação mais seca dos veredos. Mesmo assim foi top e bebemos uma jolinha para brindar, antes de ir para casa ver do duche e do almocinho.
Pronto, aqui o menino regressou a casa todo feliz com a bela voltinha e com mais uns trilhos fantásticos para a colecção. Quero chegar à idade do mestre e continuar assim a partir pedra e com a mesma pudalada dele!
Obrigado aos dois companheiros pela excelente companhia.
Continuem a pudalari!
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