LAGOS - VILA DO BISPO - LAGOS

Que grande sábado! Foi uma volta em grande por trilhos do sudoeste algarvio, em mais uma aventura com o meu amigo Pêxote.

Nem de encomenda se conseguia uma voltinha destas! Havia um ventinho norte e um friozito que chateava, quando virávamos nessa direcção, mas nada que não se tivesse conseguido suportar.

Espetámos com as bikes no tejadilho da viatura e rumámos até Lagos, onde iniciámos este pudalanço, logo a subir para abrir e aquecer, que o dia estava fresquinho.

Este percurso a certa altura entra no trilho da Via Algarviana ali quase a roçar Bensafrim, até à capital do perceve, Vila do Bispo. Foi por aí que seguimos até Barão de São João, já lá mais para cima.

Paragem obrigatória para cafézinho e pastel de nata (deliciosos) no Café Central lá da terra e vá de nos metermos ao caminho para elevar mais um pouco a coisa, até às eólicas, pelo meio da Mata Nacional de Barão de São João. É uma bela de uma subida!

Claro que também se apanham valentes descidas onde embalamos a alta velocidade, com a última a vir das eólicas, até à EN125, perto de Raposeira.

Seguimos pela Via Algarviana, a sul da EN 125 e voltámos a ir parar a um terreno baldio, como tinha acontecido em 2021. Só para ir à lebre, não foi engano, claro, ah ah ah! Mas até foi pacífico não fossem aparecer uns canitos com fome de perna de ciclista que tiveram direito a xaringadela com o boião da água.

Já em Vila do Bispo enfardámos umas valentes bifanas e uma Stout (pois claro, ólari!)  Snack Bar Aki no Pôr do Sol e, antes que se arrefecesse muito, descemos até à costa, rumo à praia do Barranco. Desta vez não havia nudistas por lá, ou pelo menos não as vimos.

Depois é que foram elas! Toca a alombar com as bikes, empurrar cerro acima, que aquilo não de dá pudalado. Por aqui passamos para o lado da praia da Ingrina e do Zavial, o paraíso dos surfistas. Com isto tudo lá se foi mais de meia bifanita!

É aqui que entramos nos trilhos por cima das arribas com alturas vertiginosas, mas com vistas de beleza sublime sobre o oceano Atlântico, sempre a curtir pelos veredos sinuosos. Depois da praia da Salema e praia da Boca do Rio, atingimos o Burgau mais pelo interior, já com as pernocas a darem sinais de cansaço e a suspirar por mais uma bifana... ou duas.

Só que não, saiu um gel e siga! Por entre rochas e arbustos lá estava finalmente a Praia da Luz. Mesmo com o dia encoberto estava a ficar um final de tarde com um por do sol a fazer espelho nas águas calmas do oceano, digno de um belo cartão postal.

Da Luz até ao local de chegada é sempre por estrada, já com uns sinais de cãibras, mas sem grande relevância. Consultando o mapa lá descobrimos mais um trilho, por sinal parte da Ecovia, que nos permitiu fugir ao asfalto e às razias dos automóveis.

Foi de facto uma bela jornada de bike, com o meu amigo, ao nosso ritmo, sem pressas, sem stresses, por locais que é impossível descrever, só mesmo vendo in loco. Pelo caminho muitas conversas e, claro, aqui e ali com a lembrança do nosso saudoso amigo Osvaldo que tanto gostava destas aventuras. Nunca o poderemos esquecer por força de tudo o que os tês juntos vivemos de bom.

Continuem a pudalari!

Strava > https://strava.app.link/V3rNz8dXgPb

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