VRSA > FARO COM O JONY

Andei a semana toda a pensar em fazer mais uma travessia, um pudalanço mais alargado.
Tinha pensado em fazer algo que nunca tinha feito, ir de comboio para Vila Real de Santo António e regressar a pudalar, até Faro. Ao contrário já tinha acontecido há uns tempos atrás, por duas vezes.
Peguei no track da última vez e virei-o ao contrário, eh eh eh... no sentido inverso, quero dizer. Cosi ali mais umas alterações que me pareceram interessantes e enviei para o belo do Garmin.
A ser, seria sozinho, à partida. Por coincidência na sexta-feira encontrei o amigo Jony Belo que me perguntou se ia pudalar no fim de semana e contei-lhe a minha intenção.
Olha, o rapaz agradou-lhe a ideia e lá acertámos agulhas para o comboio das 7:20h. Implicava sair cedo da caminha, mas isto só custa é por o pezinho fora da cama. Um briol desmarcado até à estação, que até estalava, chiça!
Quando desembarcámos em Vila Real a coisa não estava melhor em termos de temperatura. Mas pronto, pelo menos não tínhamos calor... Nota importante!
Fizemos o caminho junto ao Guadiana e metemos pela mata até Monte Gordo, logo em forte andamento a ver se a coisa aquecia, que o sol passar através do arvoredo, tá quieto!
Atravessámos o areal de Monte Gordo todo pelos passadiços até à Praia do Cabeço e tivemos, claro de ir à EN125 para chegar a Altura. Infelizmente ainda é assim, neste trajecto.
De Altura até à Manta Rota apanhámos novamente os passadiços de madeira e depois do parque de autocaravanas fomos ver do single até Cacela Velha. Trajecto que se viria a confirmar algo picante...
Conseguimos bater numas pitas que estão mais dentro do trilho e tivemos direito a ficar com as luvas cheias de picos e as mãos picadas. Enfim, faz parte do ofício, mas é desagradável e doloroso, pois é, eh eh eh.
Em Cacela Velha fez-se a visita habitual à zona do miradouro para a Ria Formosa, as fotos da praxe e metemos mexa até Cabanas de Tavira já a pensar num café aberto onde se pudesse trincar alguma coisa, que o pequeno almoço tinha sido cedo, escaço e o pudal sempre desgasta.
Aviámos um bolinho e um sumo de "Maracusa" como disse a menina asiática que nos atendeu, apanhámos um pouco de solinho na esplanada do estabelecimento e seguimos o nosso rumo até Tavira.
Uma das cosidelas que tinha feito no track foi introduzir uma parte que saquei de outro percurso e que levaria a malta pelas Salinas de Tavira, num belo bailado pelos labirínticos trilhos entre as salinas, até quase Santa Luzia.
Pela Ecovia do Litoral chegámos até à Fuzeta onde fizemos uma paragem quase obrigatória no Porto de Abrigo dos amigos Fernando e Luísa, que é sempre um prazer visitar. Rachámos uma bela sandes grega, prato ex-libris da casa, regada com umas stouts fresquinhas. Um enorme agradecimento aos nossos amigos pela amabilidade e simpatia.
De barriguinha retemperada arrancámos para a etapa final até Faro, com passagem, claro está, por Olhão. Acho que até Faro ainda queimei a metade da sandes grega, eh eh eh.
Por esta altura já as minhas pernocas acusavam algum cansaço... Ah pois, vir atrás do amigo Jony a acompanhar o andamento do menino não é tarefa fácil para mim. Mas acho que me aguentei bem e, mais uns treinozinhos destes e em vez de meia sandes grega, vou com ele fazer a Ultra Maratona Pão de Kilo, ah ah ah.
Foi uma voltinha épica, num belo dia de sol, ainda que fresquinho, desta vez com este amigo que me honrou com a sua companhia. Venha o próximo pudalanço.

Continuem a pudalari!

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