BARROSAS ON FIRE 2025

Pela segundo ano fiz parte da lista de convidados para integrar o passeio de BTT organizado pela Associação de Caçadores e Agricultores das Barrosas, em parceria com os amigos dos Temivels da Atalaia.
Se no ano passado estava um dia fresco e até com umas gotinhas de água, este ano era certo que ia estar uma valente calmurrina, de acordo com os alertas para estes dias.
Era sabido isso, mas mesmo assim a malta não deu parte fraca e alinhámos à partida para mais uns trilhos da serra algarvia. No que respeita à minha pessoa a expectativa era grande ao pensar no calor que ia passar a cada pudalada. Mesmo assim mantive a minha decisão de alinhar.
Quando sai de casa, ainda antes das sete da matina, já se sentia forte bafo quente até ao ponto de encontro com o amigo Cegasa, com quem tinha combinado a boleia para o local do passeio.
Quando chegámos à antiga escola primária da Tameira, agora sede da ACAB, fomos recebidos como habitualmente com umas fatias de ovos ainda quentinhas e um café de cafeteira para aconchegar o estômago antes da partida.
Quando arrancámos, um nadica depois das 9h já estava um caloraço daqueles. Mas a coisa ferveu mesmo quando, após várias ameaças, o terreno inclinou no sentido ascendente da coisa. Mal tínhamos começado a aquecer (como se fosse preciso) quando nos vemos metidos na escalada de uma parede até ao alto do Malhão. Não, não foi pelo asfalto, foi pelo mato mesmo.
Aquilo é que foi penar até lá acima, com a maioria da malta a empurrar as bikes à mão e as eléctricas a não darem conta do recado. Cum camano! Era desnecessário, para mais com a calorina que estava.
Chegados lá acima fomos fazer uma visita à Stupa Budista, para acalmar os batimentos cardíacos (ou tentar) e lá fomos aviar umas descidas pelo caminho do Zambujal até zonas mais abaixo. Uma dessas descidas bem complicada de fazer, a merecer que ficasse sossegadinho e a descer com a bike à mão.
Lá se fizeram uns estradões, com umas zonas mais inclinadas mas com pendentes mais acessíveis e fáceis de fazer. Descemos por asfalto até Monte Ruivo e demos um saltinho ao Azinhal onde, como de costume, se realiza o mercado local. Umas jolinhas frescas para retemperar e refrescar, mesmo depois de ter quase mergulhado numa ribeirita e arrancámos de novo.
Estiveram depois bem os amigos da organização e fomos por asfalto, de regresso ao ponto de partida. Já chegava de estouraria e se por um lado os quase 25km parecem pouco, por outro tendo em conta o que subimos e o calor que estava, foram mais que suficientes, neste dia complicado.
Depois do habitual banho de mangueira, que soube que nem ginjas, deu-se início às entradas para o almocinho, com uns belos queijinhos e chouriça, bem regados com umas imperiais que deslizavam maravilhosamente bem.
Quando todos esperavam uma lagosta suada paga pelo Camacho tivemos que suar nós para comer os camarões que o homem oferece, como já vem sendo hábito.
A seguir veio o arroz, a salada e o também habitual javali caçado pela malta da ACAB. Com o calor o tinto é que não apetecia. Sabia melhor a cervejinha! Sobremesas e fruta também não faltaram, assim como o cafézito e um medronho para rebater. Isto tudo já ao som de umas guitarradas do amigo Cegasa, que faz questão de nos brindar com umas musiquinhas bem castiças.
Fica o meu enorme agradecimento a todos pelo convite e pela companhia. Para o ano que haja mais, mas talvez um pouco mais cedo no calendário a ver se apanhamos o tempinho mais fresco e se consigam fazer mais uns trilhos na serra.

Continuem a pudalari!

Fotos > Sérgio Palma e João Belo


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