DE ESTRADA, PARA ARREFECER
Não podendo pudalar no domingo por causa de outros compromissos restava-me a hipótese de ir ao sábado. Não fui de manhã cedo para não ir sozinho, pois o amigo Tendeiro tinha dito que alinhava se eu fosse à tarde. Acontece que o rapaz ficou adoentado e também mais ninguém alinhou.
Pensei então em ir rolar até Santa Luzia, pela ecovia, beber lá uma jola e regressar pelo mesmo caminho. Ao entrar na garagem olho para a Balbina e vejo-a entristecida a mirar-me de soslaio, como quem diz "este gajo só quer andar por caminhos de pé posto e não me leva a dar uma voltinha"!
E foi ali que mudei de ideias. Já que estava sozinho porque não ir ver como estão de asfalto as estradas cá da zona? Há tempos tinha sacado uma volta de estrada do Strava de um amigo e como já estava no GPS foi só accionar a coisa, colocar a luz na bike, pois iria regressar já com o dia a cair e fazer-me à estrada.
Não tenho andado muito de estrada, para não dizer mesmo nada. Mesmo assim arrisquei nesta track, que não tenho assim muitos quilómetros prometia ser durinho em determinadas zonas, pela análise prévia do mesmo. Só que no terreno a coisa é diferente... por vezes para pior, eh eh eh.
Esteve muito calor durante o dia, estava ainda calor à hora que me fiz à estrada. Se até Estoi foi sempre a rolar, dali para cima até à Murta a coisa já piou mais fino. A subir e com o sol a bater na lombeira não foi fácil, para mais com transmissão desta bicicleta que não (me) ajuda. Mas é o que há!
A seguir a uma subida há sempre uma descida, já diz o ditado e é isso que se pode pensar quando a coisa empina mais. Lá fiz umas estraditas que nunca tinha feito, antes da aviar a subida da Barracha. Mas indo para o lado na serra já se sabe que é sempre assim, há zonas mais planas mas é sempre a meter altimetria. E assim foi até às Mealhas e mais à frente no Desbarato.
No Peral não parei num café para comprar mais água, pensei parar no Azinheiro, só que estava fechado o café... Asneira! Com esta transmissão fartei-me de sofrer para chegar lá acima, já não havia mudanças mais leves e pernas não são lá grande coisa. Mas lá consegui gerir a águinha e a força.
Olha, depois foi sempre a meter mexa até Alcaria Cova, por ali a baixo. Vá, não foi bem assim porque ainda me fazem muita confusão as descidas e principalmente a curvar, com a fininha. Talvez, se começar a dar-lhe mais uso, me sinta mais confortável e me habitue à posição de condução e ganhe mais confiança.
Mais umas estradas secundárias com passagem pelo Chão de Cevada e Galvana. Cheguei a Faro já anoitecia, com quase 50Km e um pouco moído pela falta de hábito mas satisfeito porque fiz uma bela voltinha, saindo da minha zona de conforto e não fiquei em casa a matutar no valor que estava.
Continuem a pudalari!
Strava > https://strava.app.link/fWqLi3KWlVb