POÇO BARRETO - FARO
Atã não é que o João Belo e o Cláudio Paulo foram há dias fazer um percurso Lagos-Faro, em BTT, e não passaram nuns trilhos fantásticos??!! Não se ralem moces, eu e o Pêxote vamos lá mostrar isso para vocês tomarem o gostinho.
Presumindo que a manhã deste sábado estaria (e estava) mais fresquinha que o habitual e que seria um bom tempinho para o pudalanço, lá nos metemos no comboio para ir mostrar os trilhos à malta. Eles trouxeram também o convidado Vitor Silva e assim se formou um belo quinteto.
Normalmente fazemos este trilhos na nossa já clássica Estômbar-Faro, mas como a ideia era chegar um pouco mais cedo a Faro resolvemos atalhar um pouco, logo directos aos trilhos e para isso teríamos de sair noutra estação. Optámos por sair em Poço Barreto, ali quase a chegar a Silves.
Peguei na aplicação e lá fiz um percurso dessa estação até ao início dos trilhos. E que trilhos são esses, cacete? Perguntam vocês! Pois bem, são os trilhos que ligam a zona de Porches até à grutas perto de Benagil, que o nosso saudoso Osvaldinho apelidou de trilho da serpente, por causa do serpenteado do percurso num single track fantástico.
Não foi totalmente pacífico o transporte das bikes no comboio por causa do limite de 6 no total. Uma situação que a CP terá de rever, pois já começa a haver muita procura por parte de locais e turistas e não basta anunciar que se pode viajar de comboio com a bicicleta e depois não criar condições, como noutras zonas do país e noutros países. Mas lá conseguimos chegar todos ao destino.
Uma alteração de estruturas na estrada logo no início do percurso, mesmo junto à estação, baralhou o GPS mas lá mais à frente detectou o trilho e lá fomos todos felizes à aventura do dia. Primeira paragem para umas fotos em Fontes da Matosa onde não vimos vivalma e toca a seguir para sul, rumo a Porches, com um belo trilho que passa por baixo da Via do Infante, até à EN125.
Chegámos finalmente aos veredos e verifica-se que o caminho está um pouco fechado, não só pelo matagal que cresceu devido ao Inverno chuvoso, mas também peça falta de uso devido a uma cerca que colocaram algures. Já da última vez tivemos de arranjar alternativa para essa zona. Só que em Abril estava tudo molhado e agora tudo seco e abrasivo. Aquilo é que são caminhos esfoliantes, camano!
Apanhámos novamente o serpenteado e foi sempre a curtir por ali fora, por singles fabulosos, ainda que picantes e a riscar os cromados à malta, até à Praia de Albandeira. Apreciámos a paisagem, fizemos umas fotos, apesar do tempo farrusco e fomos apreciando os trilhos até à Senhora da Rocha, já em Armação de Pêra.
Desta vez fomos pelo caminho tradicional desde Armação até aos Salgados, evitando os novos passadiços. Nesta altura do ano já estão muito povoados de veraneantes e o caminho antigo é bem mais interessante de se pudalar. Tínhamos tempo de enjoar caminho depois da Galé até Albufeira e do Inatel até Olhos d' Água, sempre por asfalto.
Paragem obrigatória nas Açoteias, no Surfal Snack Bar para aquela bifana que se impõe e retempera para o restante caminho até Faro.
Eh pá, mas vocês páram sempre no mesmo sítio?! Eh pá, nós paramos onde somos bem atendidos e tratados e aquele staff é top. No fim merecemos uma oferta de duas fatias (fatiazonas) de bolo, para dividir por todos e ganhar uns açúcares para se superar o calor do sol que entretanto abriu. Obrigado à patroa!
Nesta volta não fomos pelas falésias até Vilamoura e como ainda tínhamos apanhado poucos carapetos e cardos, fomos fazer um veredo junto à ribeira de Quarteira. Aquilo é que foi um trajecto picante, cum camano! Tava o cardo em monte, mó! Mas olha, não conhecia e está ali uma bela escapatória até Vilamoura, mesmo que se vá às falésias.
Até passámos pela Marina de Vilamoura e marginal de Quarteira já repletas de pessoal ou não estivéssemos já em Julho. Com o calor a picar mais forte, algumas cãibras (no meu caso) e a pilha já a fraquejar chegámos à capital do Algarve a precisar uma Stout fresquinha. Parámos no Pontense, refrescámos o corpo e a alma e fomos ver de um duche de água fria.
Mais uma jornada para a história, com muitas histórias pelo caminho, com paisagens únicas e companhia agradável, num ritmo que eu gosto. Apenas para curtir e divertir a malta, sem correrias.
Continuem a pudalari!
Strava > https://strava.app.link/9R1TeYEbLUb
Fotos > Sérgio Palma e João Belo
